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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aftas

O que é o que é?...
Todo mundo já teve pelo menos uma ao longo da vida. É um trocinho que dá dentro da boca e que independente do tamanho, dói pra caramba. Tira-nos a vontade de falar, comer, beijar... Cada um tem um “jeito” milagroso pra se curar dela, quando usamos algum remédio ela cicatriza em 1 semana, mas quando não usamos nada, cicatriza em 7 dias... rs
Se você disse afta, acertou e com certeza porque já teve uma.

A lesão de afta é considerada a alteração mais comum da mucosa oral em humanos e se caracteriza por uma lesão circular, claramente definida, dolorosa, com centro necrótico, bordas elevadas, halo eritematoso e limpas, ou seja, não apresentam pus, bactérias ou outros sinais de infecção. Podem ser únicas ou múltiplas, pequenas ou grandes.
É uma úlcera que pode surgir em qualquer ponto da cavidade oral: língua, lábios, gengiva, garganta e úvula (a campainha da boca). Até hoje, não ocorreu a caracterização de um agente etiológico (o agente causador da doença) específico para essa afecção. No entanto, várias são as referências, na literatura, que consideram o estresse um dos fatores predisponentes para sua patogenia.
São lesões benignas, não são contagiosas.
O que pode provocar seu aparecimento?
As úlceras aftosas recorrentes (UAR) têm variadas hipóteses sobre sua etiologia, observando uma grande dificuldade na determinação de uma causa isolada, que possa explicar, adequadamente, a maioria dos casos encontrados; o que evidentemente faz surgir barreiras para um tratamento curativo definitivo.
a) doenças sistêmicas e deficiências nutricionais;
Doenças, como a neutropenia cíclica e agranulocitose, e portadores do vírus HIV, problemas gastrointestinais, incluindo doença de Crohn, e colite ulcerativa e como deficiências nutricionais às relacionadas ao ácido fólico, zinco, vitaminas B1, B2 e B12.
b) alergia a alimentos;
Alergia ao leite da vaca e trigo.
c) infecções;
Associação de uma bactéria ou vírus, que causam as UAR, tem sido sugerida, mas os estudos são inconclusivos.
d) predisposições genéticas;
Pacientes com história familiar de UAR podem desenvolver mais cedo esta doença e mais severamente que os que não apresentam história familiar.
Outro lado é que as UAR podem estar mais comumente presentes em gêmeos idênticos do que entre os não idênticos.
e) desordens imunológicas;
UAR mais comuns em pacientes com doença de Behçet’s e HIV positivos.
A imunopatogênese da UAR pode envolver um desequilíbrio entre células indutoras T. helper e células supressoras T. O antígeno, que precipita esta reação é desconhecido, mas muitos fatores são incluídos como trauma, microorganismos e alergias a alimentos.
f) indução por drogas;
Drogas anti-inflamatórias não esteróides, methotrexato, daunorubicin e medicamentos como as penicilinas, sulfanamidas, barbitúricos e foscarnet, devendo-se fazer um estudo para a possibilidade de não ser simplesmente uma reação de sensibilidade ao uso destes medicamentos.
g) pacientes com HIV;
h) Traumas locais;
Como: mordidas acidentais; aparelho ortodôntico; escovação; alimentos duros; próteses mal adaptadas.
i) Alterações hormonais durante o ciclo menstrual.
A maioria das aftas dura em média de 1 a 2 semanas e costuma curar sem deixar cicatriz, porém, algumas pessoas apresentam aftas grandes, chamadas de aftas major, maiores que 1cm e profundas. Estas demoram até 6 semanas para desaparecer e podem deixar cicatriz. Existe ainda a afta herpetiforme, formada por múltiplas úlceras pequenas que se juntam e transformam-se em uma lesão grande.
As aftas podem vir acompanhadas de linfonodos no pescoço (ínguas), e por vezes, de febre baixa e mal estar.
O diagnóstico profissional

Dado que se trata de um problema freqüente que geralmente não apresenta complicações, mas que incomoda, muitas pessoas optam por deixar que o processo siga seu curso normal utilizando paliativos para aliviar a dor. Uma consulta com o dentista ou médico estomatologista deve ser avaliada quando:
- a afta for excepcionalmente grande
- as aftas forem recorrentes com surgimentos de novas logo após a cicatrização das primeiras.
- a afta demorar mais de 3 semanas para cicatrizar
- houver sinais de infecção na área da afta
- houver sintomas sistêmicos que sugiram a presença de alguma doença
- houver febre
- houver úlceras também nos órgãos genitais
Quando se preocupar com uma afta?
Apesar de benigna na imensa maioria dos casos, a afta pode ser uma manifestação de doenças sistêmicas ou pode ser confundida com lesões graves como neoplasia da cavidade oral.
E qual o tratamento para a afta?
Não existe remédio milagroso para afta. Nenhuma substância cura a úlcera de um dia para o outro. Como a afta costuma durar até 2 semanas, os tratamentos atuais visam a acelerar o processo de cicatrização da lesão.
É importante distinguir as pomadas que contém apenas anestésicos, e portanto, servem apenas para alívio sintomático, daquelas com corticóides e antiinflamatórios em sua fórmula, que efetivamente podem acelerar a cicatrização.
Medicações sistêmicas e tópicas são mais comumente usadas, mas o uso de laser de baixa potência tem se tornado cada vez mais comum no tratamento de lesões aftosas e até mesmo de herpes.
Os benefícios clínicos trazidos pelos soft laseres estão relacionados à aceleração da atividade enzimática, aceleração na regeneração das artérias sanguíneas, melhora no fluxo sanguíneo e ativação dos tecidos vitais. São utilizados, portanto, como efeito analgésico antiinflamatório e bioestimulante
Na internet é muito fácil achar inúmeras receitas caseiras para tratar as aftas. Deve-se ter cuidado com o que se aplica na lesão para não aumentar a inflamação e piorar o quadro.

domingo, 18 de abril de 2010

Câncer bucal

Como se desenvolve o câncer bucal?
O câncer bucal é um tumor maligno que se desenvolve a partir de uma célula que sofre uma série de alterações genéticas. Essas alterações influenciam a diferenciação, o crescimento e a morte celular. A célula “defeituosa”, diferentemente das outras, passa a se multiplicar desordenadamente, transformando-se num corpo estranho ao organismo.



O câncer bucal é comum?

Sim, a incidência mundial de câncer bucal varia de país para país (2% a 8%). Canadá, Austrália e França têm taxas elevadas. A Índia é o país de mais alta incidência (48% a 70%) devido a práticas culturais exóticas, como o hábito de colocar o cigarro com a ponta acessa voltada para o interior da boca e o uso do betel. No Brasil, as taxas são elevadas, sendo o câncer bucal o 6º tipo mais comum entre os homens e o 8º entre as mulheres (INCA - Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde, Brasil).

Quais são os fatores de risco para o câncer bucal?

Os principais fatores de risco são: uso do tabaco, consumo freqüente de bebidas alcoólicas e exposição excessiva à radiação solar. Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer bucal, como: má higiene bucal; dentes quebrados; próteses removíveis parciais ou totais mal adaptadas, com conseqüentes irritantes locais; dieta pobre em vitaminas A, C, E e o vírus HPV (papilomavírus humano). Outros fatores ainda estão sendo estudados para se verificar sua relação com o câncer bucal, como: o uso de chimarrão, o consumo de carne grelhada (churrasco) e a fumaça do fogão de lenha.

Se diagnosticado precocemente, quais as chances de cura do câncer bucal?

Quanto mais cedo for descoberto e adequadamente tratado, maior será a chance de cura e sobrevida do paciente. A expectativa de cura varia de 85% a 100% quando o câncer é diagnosticado e tratado na fase inicial.

Como proceder ao auto-exame da boca?
Diante de um espelho, após retirar próteses ou outros aparelhos removíveis:
1) veja se em seu rosto há algum sinal que você não notou antes;
2) observe no lábio se há manchas ou feridas;
3) puxe o lábio de baixo e examine-o por dentro; faça o mesmo com o lábio de cima;
4) abra a boca e estique a bochecha; faça isso dos dois lados;
5) ponha a língua para fora e observe sua parte de cima;
6) puxe a ponta da língua para o lado direito e depois para o lado esquerdo e observe as laterais da língua;
7) coloque a ponta da língua no céu da boca e examine a parte de baixo da língua e o soalho da boca;
8) incline a cabeça para trás e examine o céu da boca; 9) ponha a língua pra fora, diga “A, A, A,...” e observe a garganta.


Clique no link a seguir e veja vídeo demonstrativo:


Quais os sinais indicativos de alguma “anormalidade” na boca?

Feridas que não cicatrizam em 2 semanas; manchas brancas, vermelhas ou negras; carnes crescidas; caroços; bolinhas duras e inchaço na boca; dificuldade para movimentar a língua; sensação de dormência na língua; dificuldade para engolir. A presença de qualquer um desses sinais merece um exame mais detalhado, com encaminhamento do paciente ao cirurgião-dentista estomatologista.

Qual a freqüência recomendada para a realização do auto-exame da boca?

Para pessoas não-fumantes, recomenda-se fazer o auto-exame bucal a cada 6 meses e, para os fumantes, a cada 3 meses. O ideal é fazer 1 vez por mês para que qualquer alteração da normalidade da boca seja prontamente detectada.

Qual profissional deve ser procurado caso o paciente encontre alguma lesão na boca?

O cirurgião-dentista estomatologista é quem diagnostica e trata todas as lesões e doenças bucais. No caso de câncer bucal, após diagnóstico, o paciente é encaminhado para tratamento em centros especializados em Oncologia ou para o médico oncologista.