Clareamento dental

Aprenda o que podemos e não podemos fazer durante o tratamento de clareamento dental.(Leia mais)

Restauração prateada ou da cor dos dentes?!

Está na dúvida se deve trocar ou não sua restauração de amálgama?(leia mais)

Dente siso

Ter ou não ter? (leia mais)

PIERCING EM TECIDOS MOLES DA BOCA

SEIS MOTIVOS PARA NÃO COLOCAR!

Bicarbonato de sódio

Diga NÃO ao uso caseiro dele!!!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dente siso: saiba mais!




Dente siso, também conhecido como “dente do juízo” ou tecnicamente conhecido como 3º molar. O ser humano, em sua maior parte, tem quatro sisos, um em cada canto da boca, são eles:o 18, o 28, o 38 e finalmente o 48, sendo dois inferiores e dois superiores (nos lados: esquerdo e direito).

São dentes com características próprias, pois:
  •          Tem anatomia (forma) muito variável;
  •          Possuem época de erupção (“nascimento”) com longa variação, geralmente entre 15-21 anos de idade, mesmo assim podem erupcionar (“nascer”) após este período.

E por ter características próprias, gera entre os dentistas diferentes posturas em relação a este dente, pois uns optam pela sua extração e outros optam pela sua manutenção na boca. Com isso, causamos certas dúvidas em nossos pacientes. O objetivo do post de hoje é minimizar ou, quem sabe, eliminar essas dúvidas.

Seguem algumas perguntas com suas respectivas respostas...

Todo mundo tem siso?

Não. Costumo dizer assim para meus pacientes: nossos ancestrais, que precisavam caçar para ter seus alimentos, tinham comidas mais brutas/duras, e para conseguir mastigar este tipo de alimento eles possuíam mais dentes. Com o passar dos anos... o alimento foi ficando mais acessível, mais macio e com essa evolução, a mamãe natureza foi aos poucos fazendo com que nascêssemos com menos dentes que antes... Com o passar do tempo, a tendência é que os sisos deixem de existir, uma vez que perderam sua função para a espécie. Mas isso ainda vai levar muito tempo, séculos talvez. Por isso, podemos dizer que hoje nem todo mundo tem o 3º molar. Algumas pessoas tem os quatro dentes do siso, outras possuem três, dois, um ou nenhum. Podemos observar tal fato também com outros dentes, como: o lateral, caninos, pré-molares... nestes casos em que não nascemos com o germe do dente dizemos que há agenesia, não formação de.

Por que o dente do siso não nasce em algumas pessoas?

Quando a pessoa tem o germe do dente e o dente siso não nasce, ou é porque não há espaço na arcada dentária, ou é porque ele está na posição horizontal.

O que acontece se o dente do siso não erupcionar ou erupcionar parcialmente?
Caso não haja a erupção dele, ele pode absorver as raízes dentes vizinhos. A erupção parcial pode ocasionar gengivite, irritação local, abscessos na região, edema e dor.

Por que dói tanto enquanto ele nasce?

Enquanto o dente está no processo de erupção, há em cima do dente um capuz de gengiva. Quando comemos, o alimento fica acumulado em baixo deste capuz, entre o dente e gengiva, porém não conseguimos remover estes restos de alimentos com a escovação, desta forma as nossas bactérias fofas de plantão usam esse alimento como fonte de energia e liberam toxinas ou no dente ou na gengiva, sendo que na gengiva causa dor e edema (inchaço). A este quadro chamamos de pericoronarite, que nada mais é que uma inflamação ao redor da coroa do dente. Nestes casos procure seu dentista que ele te orientará ou pela permanência do dente (para isso temos que fazer a remoção cirúrgica do capuz gengival) ou pela extração.

Quando é recomendada e extração do dente do siso?

É recomendada e extração quando houver falta de espaço para a erupção do dente do siso, ou quando esse está na posição horizontal. Ainda pode ser recomendada a extração em casos de dor forte ou quando há erupção parcial.

O que acontece se o dente mal posicionado não for retirado?
Pode aparecer um cisto na região ou, por falta de espaço, desalinhamento dos outros dentes. O siso semi-incluso pode, ainda, provocar cárie e/ou doença periodontal nos dentes adjacentes, já que facilita a retenção de alimentos.

 É comum alguns desses dentes já nascerem cariados?
Não. Algumas vezes, os sisos ficam semi-inclusos, isto é, só com algumas "pontas" visíveis, enquanto as outras duas continuam dentro da gengiva. Então, podem surgir cáries pela dificuldade de limpá-los direito. Mas isso não quer dizer que já tenham nascido cariados.

Dói pra tirar?
Se você deixar seu dentista te anestesiar, não! Normalmente, dentistas prescrevem algumas medicações antes da cirurgia com a finalidade de que quando a anestesiar passar, você já esteja sob efeito de medicação, desta forma conseguimos prevenir dor e edema.



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domingo, 30 de maio de 2010

Piercing dental... esse pode!

Novidade entre os jovens, o piercing dental é uma pequena pedrinha colada em um dente, geralmente aplicado no incisivo lateral ou no canino. O piercing deixará com certeza seu sorriso mais atrativo, diferente e charmoso.



Além da pedrinha de cristal, o modelo mais colocado, há piercings também  com forma de:
  • coração;
  • borboleta;
  • flor;
  • cruz e muitos outros.




O piercinh de dente deve ser aplicado somente por dentistas e seu tempo de duração é variável...

A aplicação é completamente indolor, diferentemente de outros tipos de piercings ou tatuagem. Sem contar que é super rápido de ser colocado e dispensa o uso de anestesia!

Deixei aqui as perguntas mais frenquentes com suas respectivas respostas:

É preciso furar o dente para colocar o piercing dental?

Não, este procedimento é semelhante à colagem de um bráquete ortodôntico de aparelho fixo, isto é, nenhuma estrutura dentária é prejudicada nem desgastada. Não é necessária a aplicação de anestesia já que não ocorre nenhuma dor durante o procedimento. O dentista apenas coloca um adesivo no dente e fixa o piercing, que ficará aderido por aproximadamente 3 meses. É importante salientar que não existem contra-indicações.

De que material é feito?

Os piercings dentais, chamados também de TWINKLE nos EUA, podem ser feitos de diversos materiais, os mais comuns são feitos de strass, mas temos também peças feitas de cristal, ouro, prata e pedras preciosas. Diversos artistas aderiram ao piercing como Madonna, Britney Spears, Mick Jagger, Jimmy Clif , Mike Tyson e outros.

Dói para colocar, quanto tempo leva?

Não dói e é bastante rápido. Colocamos piercing dental em torno de 15 minutos. Sendo que a maior parte desse tempo é para a acomodação do paciente e preparo do material.

Quanto tempo dura?

A resposta para essa pergunta é muito relativa, mas em média o piercing dura 2/3 meses, embora dependa muito do cuidado do paciente. Temos pacientes com o piercing há mais de seis meses e temos pacientes que por não terem cuidado ficaram com o piercing apenas por 3 semanas.

Quanto custa para colocar piercing dental?

O valor depende do material que o paciente escolher.

Se o piercing cair ou eu decidir tirar, meu dente vai ficar manchado ou com alguma marca?

Para tirar é bastante simples e poderá ser retirado a qualquer momento que a pessoa desejar, bastando procurar o cirurgião-dentista a fim de que ele remova a “colinha” que fica no dente,deste modo não fica nenhuma marca ou mancha.

Dica: Depois de fazer seu clareamento torne seu sorriso ainda mais atraente colocando um piercing dental


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PIERCING EM TECIDOS MOLES DA BOCA: SEIS MOTIVOS PARA NÃO COLOCAR!!!


Por incrível que pareça, a quantidade de adolescentes que coloca piercings em tecidos moles da boca (língua, lábios, freio labial e/ou lingual, bochecha e úvula - sim! a famosa "campainha"), é hoje, alarmante. Considerando-se o fato de que os Studios somente podem colocá-los com uma autorização por escrito dos pais, esse número é ABSURDAMENTE elevado.
Se isto ocorre ou não, infelizmente, nós não sabemos. A estatística que mostro aqui para vocês, foi de um estudo feito pela Universidade de São Paulo. Pelo estudo da USP, 5 em cada 10 adolescentes ( 13 - 17 anos) atendidos pela Clínica Integrada e de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da USP, possuíam piercings em algum lugar na boca.


Gente, eu nem sou tão velha  e nem tão careta, mas quando você estuda e conhece todos os riscos inerentes a um procedimento desses, dá vontade de tirar o piercing da língua dessa meninada na hora!

Como já falamos anteriormente, a boca é local extremamente contaminado. Ao fazer o piercing, abre-se uma porta de entrada de bactérias em nosso organismo. Nossa maior preocupação ao fazermos cirurgias é saber se a pessoa tem algum problema cardíaco, pois a entrada de bactérias no organismo dessas pessoas pode provocar endocardite bacteriana... Pessoas com anemia podem ter hemorragias... Pacientes com diabetes tem problemas de cicatrização... Mas não são só esses os motivos para não colocar piercings!

Por isso, este post, vai para os pais e também para os adolescentes que resolveram aderir a essa moda, sem ter a menor noção dos riscos que estão correndo.

SEIS MOTIVOS PARA NÃO COLOCAR

1 - Fraturas de dentes: o piercing na língua provoca erosão dos dentes e fraturas. São irreversíveis. Um dente restaurado nunca é igual a um dente natural. Ocorre com uma frequência relativamente alta.

2 - Reabsorção gengival: a fricção do piercing nos tecidos moles pode provocar problemas periodontais, que, na maioria das vezes, só podem ser tratados cirurgicamente e isso quando podem ser tratados.



3 - Abscessos e infecções: a cavidade oral contém uma população bastante respeitável de bactérias e microorganismos. Além de poder provocar problemas na língua, estas bactérias podem ser transportadas para outras partes do organismo. Deformações nos locais afetados também podem ocorrer.



4 - Hemorragias: sim, esta é grave. Você vai furar sua língua, as condições de higiene parecem boas, seus amigos já foram lá colocar. Mas pode acabar numa bela hemorragia, só parando nas mãos dos cirurgiões do hospital. Se ocorrer lesão de algum nervo, os movimentos e sensibilidade podem ser comprometidos.

5 - Piercing no local errado: e que tal se em vez ficar sossegado na língua, o piercing for aspirado para as vias respiratórias? Uma broncotomia pode até resolver o problema, se não tem que ser mesmo cirurgia torácica para remover. No caso de ser ingerido, o mal não é menor, podendo ficar alojado, quem sabe, no intestino.



6 - HIV e Hepatite: esta dupla dispensa apresentações. Quando querem, entram em qualquer festa, não precisam de convite. Se a taxa média de infeções hospitalares é bastante alta, o que dizer de locais não apropriados. Meus queridos, luvas descartáveis e estufa de esterilização não são garantia de nada, assepsia é muito mais do que isto.



Aí, eu fico aqui me perguntando: Será que vale a pena mesmo?...


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Cuidados com os dentes quando se usa aparelho




A maioria das pessoas, por mais que se esforcem ainda não sabem escovar os dentes direito. E isso não é de hoje! Esse problema não atinge somente as crianças, mas pessoas de meia idade também apresentam problemas em escovar os dentes corretamente! Consequência disso, são os consultórios cheios de pessoas com necessidade de restaurar dentes cariados, colocar próteses e extrações de dentes cariados.




Vários são os autores que descreveram técnicas maravilhosas para o controle da placa bacteriana:

  • Movimentos rotatórios (Stillman modificado);
  • Movimentos vibratórios (Stillman, Charters e Bass);
  • Circulares (Fones);
  • Verticais (Leonard),
  • Horizontais (Esfregação).


Porém, não tenho a menor intenção de indicar aqui o melhor método a ser seguido, afinal, a capacidade motora de cada paciente deve ser respeitada  e, a partir daí, adaptar a técnica de escovação que seja mais adequada às suas condições, pois não seria justo  nem proveitoso exigir movimentos que o paciente não possa executar por falta de destreza manual. Logo, quando for ao seu dentista, mostre a ele como você costuma escovar seus dentes que ele o orientará da forma adequada de fazê-la.

Além das dicas dadas em posts anteriores, posso orientar o seguinte:
  •          Não tenha pressa em escovar os dentes;
  •          Observe se a escova está alcançado todas as superfícies dos dentes;
  •         Utilize uma escova de cabeça pequena e cerdas macias;
  •          Troque sua escova sempre que for necessário;
  •          Não use força nos movimentos de escovação. A limpeza ocorre pela ação repetitiva dos movimentos e não pela força;
  •          Lembre-se que a escovação não acaba nos dentes, limpe muito bem a língua, e use o fio dental entre os dentes. Depois utilize um anti-séptico bucal;
  •          VÁ AO DENTISTA REGULARMENTE!



Bom, agora que já sabemos como escolher nossa escova e pasta de dentes e usar o fio dental fica mais fácil (ou menos difícil) para higienizarmos nossos dentes.


clique aqui para ver post sobre como escolher sua escova de dentes.
clique aqui para ver post sobre como escolher pasta de dente.
clique aqui para ver post sobre como usar o fio dental.

Mas há aqueles que usam aparelho...E quem usa aparelho sabe muito bem as duas alegrias que eles podem trazer: a primeira alegria é quando colocamos, afinal, ficamos hiper motivados com o provável resultado, e a outra alegria é a hora de tirar, pois além do aparelho incomodar bastante (sendo ele fixo ou móvel), seja para se alimentar ou fazer a higiene bucal, não existe escova de dentes e paciência que aguentem mais que algumas semanas.

Para essas pessoas usuárias de aparelho fixo ou móvel, os cuidados devem ser maiores visto que o aparelho ajuda a reter alimentos sobre a superfície dos dentes.

Muitos são os dispositivos que auxiliam e tornam a tarefa de limpar os dentes mais agradável:
  •          Escova interdental

  •          Escova uni tufo

  •     Passa fio



É bom lembrar que o tempo gasto na limpeza de dentes com aparelho é três vezes maior, portanto planeje-se para isso.
Como cuidar do aparelho fixo ?
Remover elásticos e aparelhos extra-bucais antes de escovar os dentes.
A técnica de escovação mais adequada é aquela que consegue limpar os dentes, as gengivas e o aparelho da melhor maneira possível. O mais importante é limpar todas as superfícies dos dentes. Os espaços entre os dentes devem ser  limpos com o fio dental. Para isso ocorrer devemos lançar mão daqueles dispositivos...
Esqueça: comer milho verde, e arrancar pedaços de alimentos de consistência dura com os dentes! Habitue-se a partir pedaços na mão ou com o uso da faca. Supere, foque no resultado...
A escova de dente deve ser trocada num intervalo de tempo menor.
Como cuidar do aparelho removível ?
Quando estiverem fora da boca, os aparelhos removíveis devem ser guardados em estojo especial, feito com essa finalidade. Não devem ser guardados no bolso, bolsas, guardanapos.
Para limpar o aparelho removível, é necessário retirá-lo da boca. Podem ser usados: escova de dente ou escova de mão desde que elas sejam usadas apenas para esta finalidade, pode usar pasta de dente ou sabão/sabonte neutro, neste último caso, o problema é o gosto que fica no aparelho.
Para escovar os dentes se faz necessária a retirada do aparelho removível e proceder a higienização conforme orientação de seu dentista.
Verifique com seu dentista sobre: comer com o aparelho na boca, e se praticar esportes de impacto, como futebol, vôlei, basquete, boxe, os aparelhos removíveis devem ser retirados da boca.
Com tantas dicas a respeito só me resta desejar uma boa escovação!!
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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fio dental neles!!!



Uma pergunta comum que os pacientes fazem aos dentistas é "O que devo fazer primeiro: escovar ou passar o fio dental?". A sequência NÃO faz diferença, desde que você faça os procedimentos corretamente. Escovar e passar o fio são a melhor maneira de remover a placa bacteriana, causadora de cárie dentária nos dentes, e ajuda a manter uma ótima saúde bucal.




Embora a escovação dental remova a placa bacteriana das superfícies dos dentes, ela sozinha não remove toda a placa. A limpeza entre os dentes todos os dias com fio dental, remove restos alimentares da região entre os dentes onde sua escova não consegue alcançar. Pessoas com dificuldade de manusear o fio dental podem preferir usar outro tipo de limpador interdental. Se você usa limpadores interdentais, pergunte ao seu dentista como usá-los corretamente para evitar lesões nas gengivas.

Enquanto você dorme, seu organismo produz menos saliva e por essa razão seus dentes ficam mais desprotegidos. (veja post sobre saliva)

Nossa boca é um ambiente contaminado, cheio de bactérias, temos vários tipos de bactérias, umas que nos auxiliam e protegem e outras que causam doenças nos dentes e/ou na gengiva.
Depois de comermos ficam restos dos alimentos que comemos sobre as superfícies do dente e entre o dente e a gengiva.

Essas bactérias que estão ali em nossa boca utilizam esses restos de alimento como fonte de energia e seu “xixi ou coco”, que são toxinas, são liberados ou nos dentes (causando o buraquinho da cárie) ou na gengiva (causando sangramento, inflamação gengival e até perda óssa).

Muitos pacientes relatam que deixam de usar o fio dental porque a gengiva fica dolorida e sangrando, só que esses sintomas acontecem porque há resto de alimento entre o dente e gengiva e o dispositivo que irá nos auxiliar na remoção desses resíduos é o fio dental!

Logo no início, passar o fio dental pode parecer um tanto incômodo. Mas insista! Com apenas um pouco de paciência e um pouco de prática, isto se tornará tão natural como escovar os seus dentes.

O fato é que o uso do fio dental proporciona benefícios inquestionáveis que começam no primeiro dia. Após o uso do fio dental, seus dentes e suas gengivas parecerão mais limpos uma vez que o fio alcança áreas que a sua escova de dentes não consegue alcançar. Seu hálito ficará mais fresco, e a saúde de suas gengivas irá melhorar. Mesmo que no início possa parecer incômodo, continue praticando. Muito em breve você sentirá a diferença e sentirá que isto já se tornou parte da sua rotina diária. 

É muito comum as suas gengivas sangrarem e ficarem doloridas quando você começa a usar o fio dental pela primeira vez. Isto pode ser um sinal de que você tem alguma forma de doença nas gengivas. Após alguns poucos dias de uso do fio dental, o sangramento deve parar conforme suas gengivas se tornam mais saudáveis. Se o sangramento persistir, consulte o seu dentista.

Embora exista um grande número de tipos diferentes de fios dentais, todos são próprios para alcançar entre os dentes e abaixo da linha gengival para remover a placa. O fator mais importante é achar um fio dental que seja mais confortável e fácil para você usar. 

Se você usa aparelhos ortodônticos ou tem prótese dentária (como uma ponte) que interferem com o uso normal do fio dental, você deve  utilizar um fio dental com um passa fio (parece com uma agulha,uma ponta rígida que permite inserir o fio entre os dentes, em volta do aparelho, ou sob a ponte).



Mesmo que você tenha dentes bastante separados, ainda assim as placas se formam entre eles e nas áreas abaixo da gengiva onde sua escova de dentes não pode alcançar. Além do uso do fio dental, o seu dentista pode também recomendar o uso de uma escova interdental. Esta escova parece com aquelas escovinhas de limpar mamadeira porém numa versão mini para ser usada na boca, é ideal para a remoção de placas entre dentes bastante separados e debaixo de pontes fixas.





Para você que não tem a manha de usar o fio dental, existe um dispositivo que segura o fio dental pra você enquanto você o passa entre os dentes.



Bom, vários são os acessórios necessários... mas na dúvida converse com seu dentista como usá-los!


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terça-feira, 11 de maio de 2010

Diga NÃO ao uso caseiro de bicarbonato nos dentes!!!

No dia a dia do consultório ouvimos coisas incríveis que as pessoas fazem consigo mesma em função da economia de uns tostões e com o uso de receitinhas caseiras que fazem verdadeiros estragos!!!
Pessoas que usam comprimidos de analgésico esmagados dentro do dente em função da dor... colar dentes ou próteses com super bonder... comprar remédios sem prescrição e acabam tomando antibiótico quando a necessidade é de um anti- inflamatório... e por fim, usam bicarbonato na esperança de clarear os dentes!

Você ri?! Pois é, nós escutamos coisas incríveis... Mas vamos às orientações:
Nosso dente tem três camadas: esmalte, dentina e polpa (da mais externa para a mais interna). O esmalte é formado quando o dente ainda está dentro do osso, e após isso não é mais formado, consequentemente, o esmalte, ao contrário de muitos outros tecidos do organismo, não tem qualquer capacidade própria de regeneração.
O bicarbonato funciona como esfoliante em nossos dentes. Realmente remove a placa aderida ao dente, porém desgasta o esmalte do dente (abrasão). Abrasão dentária é a perda da estrutura dental por forças mecânicas externas. Uma vez que a abrasão ultrapasse o esmalte dos dentes, são rapidamente destruídas as demais estruturas. 
No post sobre pasta de dente falamos sobre abrasividade das pastas de dentes. Alguns fabricantes desenvolveram cremes dentais com quantidade de abrasivo suficiente para não prejudicar o esmalte dental, mas ainda assim, prefira pastas sem abrasivos.(clique aqui e leia o post completo sobe pasta de dente)
Se pastas de dente abrasivas não são aconselháveis, imagine acrescentar bicarbonato (que é abrasivo) nas pastas?!
Li diversas vezes aqui na internet que o “aconselhável” é usar o bicarbonato apenas uma vez ao mês, mas pense comigo, se você usar mensalmente bicarbonato em seus dentes após cinco anos ou você precisará de uma prótese, pois não haverá mais dentes, ou você terá uma sensibilidade incrível.
Conforme falamos em outros posts, para haver clareamento dental deve haver a quebra da molécula de pigmento existente dentro da dentina, e o bicarbonato não faz isso.
O bicarbonato pode ser usado para várias finalidades: Usa-se em bolos junto do fermento bem pouquinho para massa ficar leve; usa-se como antiácido para aliviar dor de estomago; usa-se com água morna uma colher (sopa) bem cheia em meio litro de água, para limpar a geladeira, tira o odor impregnado de alimentos. E também tem várias dicas de limpeza onde é utilizado o bicarbonato de sódio. Enfim, se faz várias coisas com bicarbonato de sódio, exceto usá-lo na escovação.
Fica aquela dica: vá ao seu dentista com a freqüência que ele te recomendar; tire suas dúvidas com ele; peça orientações e dicas. No fim das contas, sempre sai mais barato que automedicação.

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domingo, 9 de maio de 2010

Dicas sobre como escolher e usar o creme dental



“Dentes brancos e hálito puro”. Esta é uma das expressões mais usadas nos comerciais de creme dental, incentivando o público a consumir uma determinada marca.  Mas afinal, qual a importância dele na limpeza dos dentes? Como escolher o creme mais adequado entre tantas opções oferecidas pelo mercado?






O creme dental quando aplicado corretamente com a escova, limpa os dentes, remove a placa bacteriana, confere polimento às superfícies e restaurações dentais e, de quebra, combate o mau hálito. É preciso escovar os dentes bem e fazer do creme dental um aliado, assim o resultado será o mais benéfico. Afinal, dentes bem cuidados são um dos sinais mais evidentes da boa saúde bucal.
 Hoje, as alternativas em cremes e géis dentais disponíveis nas prateleiras são inúmeras, mas a melhor orientação de qual será o produto indicado vem do dentista. É ele que vai dizer qual pasta agrega os principais componentes para atender as necessidades do paciente.

Qual a diferença entre creme dental e gel dental?
Posso estar enganada, mas em minha opinião são apenas texturas diferentes. Assim como o sabonete em barra e o líquido, depende de sua preferência, mas não há distinção na ação ou no resultado da escovação.

Como funcionam e quais os tipos de pastas clareadoras? Existem contra-indicações?
Em geral, os cremes dentais que se dizem "clareadores" contém pigmentos brancos que "colorem" os dentes deixando-os temporariamente mais brancos. O clareamento dental deve ser feito em consultório odontológico quando indicado pelo dentista. Clique aqui e leia o post sobre clareamento dental (link 1 e link 2).

Crianças podem usar pasta de dente?
Podem e devem! Porém, para os bebês e crianças até quatro anos, o ideal é que se use pasta de dente sem flúor, uma vez que até os quatro anos a criança não tem controle do bochecho e pode acabar por ingerir o flúor, acarretando fluorose (manchas definitivas no esmalte dentário).

Vão aqui algumas dicas:

O creme dental ideal precisa conter flúor  
As pastas de dente têm como ingredientes principais: um abrasivo ou um agente de polimento (normalmente representados pelo Carbonato de cálcio ou Bicarbonato de sódio); um espumante ou detergente (Lauril Sulfato de Sódio); um umectante (Glicerina); um edulcorante (Sorbitol); um  solvente (Água e álcool etílico), um flavorizante e um agente terapêutico (Fluoreto de sódio).  Além disto, alguns fabricantes adicionam outras substâncias ao creme dental e criam propriedades antiplaca, antitartaro e clareadores, entre outras, que devem ser indicadas pelos dentistas em casos específicos. Diante de tanta variedade, o fundamental na escolha é que o creme dental contenha flúor (exceção feita a crianças menores de 6 anos que não sabem cuspir).

Fique de olho no nível de abrasividade
Existem cremes dentais de vários graus de abrasividade. O abrasivo é o responsável por promover uma microabrasão no esmalte dos dentes, proporcionando assim, uma limpeza mais eficiente e o polimento dental. O abrasivo limpa mais, pois risca o esmalte removendo pigmentações que o creme dental comum não consegue. No entanto, a superfície do esmalte fica cheia de rugosidades e riscos retendo mais a pigmentação dos alimentos, já que a superfície não é mais lisa. Estes danos começam a ser notados em longo prazo, caso o uso seja contínuo. Para saber se o creme dental é muito abrasivo, coloca-se uma pequena porção de creme dental entre dois dedos a fim de sentir a consistência do produto. Se a sensação for a de estar tocando em grãos de areia, descarte o seu uso.

Em caso de dentes sensíveis, utilize creme dental adequado e procure orientação especializada de um dentista
Os cremes para dentes sensíveis possuem como ingredientes ativos, além do Fluoreto de Sódio, o Nitrato de Potássio, o Citrato de Potássio ou o Cloreto de Estrôncio associados ou não. Na hipersensibilidade, por ocasião da interação de diversos fatores, os tecidos que recobrem a raiz dos dentes são degradados, expondo desta maneira a dentina. Quando a raiz do dente fica sem proteção, milhares de canalículos que compõe a dentina ficam expostos e sujeitos às agressões do meio externo como calor, frio ou pressão. A todos estes estímulos, o nosso dente responde com dor. Estes elementos citados (que fazem parte da composição química do creme dental) obstruem a entrada destes canalículos evitando, assim, que estes estímulos sejam interpretados como dor. Em muitos casos, o uso destes cremes podem até amenizar o quadro inicial, porém em outros casos é necessário um recobrimento físico desta área exposta, bem como medidas mais eficazes de tratamento. 
Muitos são os pacientes que relatam fazer o uso deste tipo de pasta sem ter necessidade, pois não tem sensibilidade. Nesses casos pergunto: você tem o hábito de tomar remédio para dor de cabeça quando não tem dor de cabeça? Essas pastas são “remédios” para pessoas portadoras de sensibilidade dental.

Coloque pouco creme dental na escova
A pasta de dente deve ser usada em pequenas quantidades, pois a espuma excessiva dificulta a correta higienização dos dentes. A quantidade certa está mais para um grão de feijão. Esqueça aquela onda de pasta de dente em cima da escova nas propagandas!

O creme precisa da companhia de uma boa escova dental  
A verdadeira responsável pela remoção da placa bacteriana é a escova dental. O creme dental atua como coadjuvante e a efetividade da remoção de placa passa a ser maior quando ele é usado em parceria com a escova. Embora o creme dental não seja indispensável para a remoção de placa, sua importância para garantir a limpeza e o polimento dental é comprovada. (clique aqui e leia o post sobre como escolher escovas de dente)
Muitos dos pacientes que chegam ao consultório com higiene dental inadequada relatam o seguinte: “mas doutora, eu uso sensodyne (ou qualquer outra pasta de dentes cara)!”
Vale ressaltar que o que limpa o dente é a escovação adequada associada ao uso do fio dental. Tenho o hábito de orientar meus pacientes da seguinte maneira: iniciar a escovação SEM pasta de dente (escovar todos os dentes e língua), fazer o uso do fio dental e após isso proceder a escovação COM pasta de dente, desta forma não ficamos com a falsa sensação de limpeza que a pasta de dentes nos provoca. Gente, pasta de dentes não faz milagre!!! Não espere que ela vá desintegrar a sua placa dental...

Lembre-se: em caso de dúvidas, procure a orientação de seu dentista!

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Causas e consequências do mau hálito





Saiba quais são as causas mais frequentes do mau hálito e suas consequências.

A halitose não pode ser explicada por um único mecanismo. Já se conhecem mais de 50 causas, podendo estar um ou mais fatores associados. Na consulta inicial aplicamos um questionário extenso (chamado Anamnese) para descobrir as causas. Para facilitar o entendimento, didaticamente, são divididas em Causas Locais e causas sistêmicas ou metabólicas.
Antigamente, pelo não conhecimento multifatorial da halitose, era difícil o seu tratamento. Hoje sabemos que para o sucesso é fundamental a integração das especialidades.
Quando o problema não for da área odontológica, o paciente deve ser encaminhado para o médico pertinente ou para a psicoterapia. Alguns exemplos mais comuns:




Causas Locais

A halitose é originada da própria boca e via aérea superior. Hoje sabemos que aproximadamente 90% da halitose está associada com a presença de bactérias anaeróbicas, principalmente na língua (podemos encontrar também na garganta e nariz), que produzem gases que contenham enxofre. Quando acontece um aumento da descamação de células epiteliais da mucosa associada a uma má higiene, é comum a formação acelerada da saburra lingual, ocasionando um cheiro desagradável (ovo choco) do hálito.
Outros fatores locais também causam a halitose: cáries, doenças gengivais, próteses mal confeccionadas, feridas cirúrgicas na boca e alterações anatômicas na língua.
Nas vias aéreas superiores, os pacientes com problemas de sinusite e rinite podem ter secreção purulenta e pode dar hálito forte nas narinas. Se a secreção cai na garganta e vai para a língua, favorece a ação das bactérias. Em período de febre, os pacientes têm a salivação diminuída e o aumento de saburra lingual.
Pacientes com adenóides e alterações das fossas nasais podem tornar-se respiradores bucais, aumentando o ressecamento da mucosa bucal. Na amígdala é comum a presença de Cáseos Amigdalianos, que é uma "massinha" que nela se adere, tem um cheiro muito forte e é semelhante à saburra lingual, ou seja, é uma placa com células epiteliais descamadas, restos alimentares e bactérias que lá se aderem.
Quando essas causas são detectadas devemos encaminhar os pacientes ao otorrinolaringologista.



Outra condição é o uso de bochechos anti-sépticos, spray, pastilhas, etc., que contenham álcool. Na verdade, o álcool acelera a descamação fisiológica das células epiteliais que protege a mucosa e o seu uso contínuo piora a halitose pela formação da saburra lingual mais intensa.
Em caso de escorbuto (falta de vitamina C), costuma surgir sangramento gengival espontâneo, mesmo sem a presença de placa bacteriana, o que, pela putrefação, leva à formação de hálito fétido.
Também notamos hálito desagradável quando há uma descamação acelerada da mucosa por pacientes que mordem a bochecha e os lábios, que usam aparelhos ortodônticos e próteses com grampos, que tem falta de vitamina A e D, respirador bucal, uso de tabaco e bebidas alcoólicas e, como já mencionamos, a diminuição do fluxo salivar.


Causas sistêmicas ou metabólicas

São originadas da circulação sangüínea e através do ar expirado vindo dos pulmões (nas trocas gasosas) sentimos o hálito desagradável. São moléculas voláteis (de baixo peso molecular, como ácidos graxos, aminoácidos, enxofre de certos alimentos) que escapam facilmente junto com o gás carbônico expirado.
Como já citamos, o jejum prolongado (durante o sono, regime para emagrecimento, grande intervalo entre as refeições e exercícios físicos violentos) o organismo queima gordura e libera ácidos graxos, que são gases voláteis e tem cheiro característico de manteiga rançosa.
Nas doenças metabólicas, como no Diabetes Mellitus, o paciente descompensado costuma ter hálito com cheiro cetônico (cetona). O portador de insuficiência renal crônico costuma ter odor urêmico (urina).
Ao contrário do que se imagina, encontramos poucos casos (menos de 1%) de mau hálito causado pelo estômago, pois dele só vira hálito ruim em casos de vômitos ou arrotos, e assim mesmo será passageiro. Isso porque o estômago possui uma válvula chamada ESFÍNCTER CÁRDIA, que impede a saída de substâncias do conteúdo estomacal. Na presença da patologia chamada hérnia de hiato, essa válvula se abre mais vezes que o normal, mas mesmo assim o hálito continuará passageiro.
A presença da saburra lingual leva bactéria ao pulmão e o paciente que tem mau hálito pode apresentar surtos de pneumonia. Às vezes, secreções vindas do pulmão, como no caso de bronquite, podem parar na língua e dar halitose.
As alterações intestinais (responsáveis na absorção de substâncias), podem provocar mau hálito. Quando o intestino não funciona todos os dias (intestino preso) há um aumento da putrefação intestinal e moléculas mal cheirosas são absorvidas, caem na circulação sanguínea e participam do hálito vindo diretamente dos pulmões. Quando acontece o contrário, ou seja, a diarréia, acontece a desidratação e mau hálito por diminuição da saliva.

Se uma pessoa come alimentos carregados de odores desagradáveis (alho, cebola, bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, alimentos condimentados, alimentos ricos em enxofre como ovo, repolho, couve, brócolis) essas substâncias ao serem absorvidas caem na corrente sangüínea e escapam pelo pulmão no ar expirado.

Consequências

A principal conseqüência de um paciente com halitose é a mudança de seu comportamento tornando-se inseguro ao se aproximar das pessoas, e, aos poucos o esfriamento em seu contatos pessoais (afastamento de colegas, dificuldade em relações amorosas, etc) e profissionais (baixo desempenho profissional, quando ele precisa de contato com outras pessoas ou falar em público).
Outros problemas mais freqüentes são: depressão, timidez, dificuldade para sorrir e ansiedade.
Muitos se consideram azarados por possuírem mau odor bucal, mas, na realidade, a halitose é um sinal de que algo não vai bem no organismo e que é preciso procurar ajuda profissional para eliminar as causas deste sistema.



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